Dirigentes do PT identificaram em Marcio França, Renato Casagrande e Beto Albuquerque um foco de resistência ao acerto dos palanques estaduais entre o partido e o PSB. Segundo dirigentes do partido, os três agem em equipe para impedir o avanço das negociações. Um exemplo é o recuo da direção do PSB em relação a Beto Albuquerque. Na semana passada, dirigentes do PSB avisaram ao PT que Albuquerque ficaria “sem fuga eleitoral” caso insistisse em sair candidato ao governo do RS, contrariando a determinação do partido de destinar 80% do fundo eleitoral a candidatos a cargos proporcionais. Agora dizem que ele pode ser candidato se conseguir uma aliança. A mudança aconteceu durante as negociações para França apoiar Fernando Haddad em São Paulo. Os três, por enquanto, conseguem resistir aos pedidos da direção do partido e do próprio Alckmin para destravar as negociações. Casagrande só precisa dizer que apoia Lula para que o PT retire o nome de Fabiano Contarato ao governo do ES, mas também dá sinais contraditórios. Outros focos de divergências, como Alessandro Molon, no Rio, e Dario Berger, em SC, são vistos como menos problemáticos.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo