Apesar da ansiedade de vários setores, o documento com as diretrizes do programa de governo Lula-Alckmin não deve ter uma proposta para a nova âncora fiscal que deve substituir o atual teto de gastos. Segundo interlocutores autorizados por Lula a falar com o mercado financeiro, o novo arcabouço fiscal será construído só depois da eleição, quando a composição do Congresso e o nome do ministro da Economia estiverem definidos. A ideia é ouvir o mercado no processo de construção, obviamente em condições mais favoráveis ao governo, caso Lula seja eleito. Uma das sugestões mais faladas entre conselheiros de Lula é de antecipar para 2023 a revisão do teto prevista para 2026, proposta já defendida pelo PT no Congresso. As diretrizes serão apresentadas amanhã. Depois serão disponibilizadas em uma plataforma digital para receber sugestões da população e só em agosto, quando vence o prazo para o registro das candidaturas, o documento terá sua versão final.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo