O programa de governo para a reeleição de Jair Bolsonaro está sendo coordenado pelo pessoal que trabalha com o candidato a vice na chapa, general Braga Netto, que tenta mantê-lo trancado a sete chaves. Todas as propostas, sejam ligadas à infraestrutura, política ou economia estão sendo feitas de maneira genérica. A ideia inicial era nem ter programa de governo. Na equipe de campanha, todos dão como certa a permanência de Paulo Guedes no Ministério da Economia e, com ele, todos os fundamentos projetados em 2018 que passam pela manutenção da agenda econômica liberal. Na parte econômica, por exemplo, a orientação é reafirmar a disposição de continuar reduzindo os impostos, assim como um maior ajuste das contas pública e manutenção do teto de gastos. A expectativa é de que, como o novo governo não terá como disputar a reeleição, haverá mais determinação política para levar adiante uma Reforma Tributária, ainda que seja mais enxuta, como já chegou a defender o ministro da Economia. Quando ainda estava como braço direito de Paulo Guedes, a atual presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, apresentou ao ministro sugestões de condução da economia para um segundo mandato. Este estudo, no entanto, também permanece escondido.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília