O PL, que tem hoje 77 dos 513 deputados, trabalha para se manter com o maior número de representantes na Câmara. Quer chegar a 80. No Senado, a ideia é subir de 9 para 12 representantes. É com esse objetivo que Valdemar Costa Neto tenta ajustar com o presidente Jair Bolsonaro as chapas nos Estados. No caso de São Paulo, o partido quer fazer 15 deputados. Daí a pressão para que os deputados Carla Zambelli e Marco Feliciano, que são considerados puxadores de votos, abandonassem a ideia de se candidatarem ao Senado e busquem garantir suas vagas na Câmara. Zambelli já se convenceu, mas Feliciano tem insistido na busca pela cadeira no Senado. Ajudou na busca por este objetivo a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trabalhar pela união de Ibaneis Rocha com ex-governador José Roberto Arruda que, candidato à Câmara, poderá levar mais dois deputados com ele. O PP, que hoje faz sua convenção para aprovar o apoio à candidatura de Bolsonaro à reeleição, também quer se manter no segundo lugar entre as bancadas na Câmara, com seus 57 deputados. Daí o partido estar dividido no País, principalmente no Nordeste, em apoio ao ex-presidente Lula. Como o nome de Lula é muito forte naquela região, o PP continuará fazendo vista grossa aos parlamentares que disputam a reeleição e já avisaram que estarão no palanque do ex-presidente e não no de Bolsonaro. A terceira bancada na Câmara hoje é o PT, com 56 deputados, que quer tomar o lugar do PP e até do PL para garantir maioria na Câmara, aproveitando a força de Lula na campanha. O fato é que o Centrão, que tem o PL e o PP como seus principais personagens, jogará duro para continuar no domínio do Congresso.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília