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Para bolsonaristas, Garcia é melhor que Tarcísio no 2º turno

Uma espécie de escolha de Sofia divide integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro na aposta pelo governo de São Paulo. Embora o presidente esteja empenhado em garantir Tarcísio de Freitas no segundo turno e uma derrota dele seria um carimbo de derrota pessoal de Bolsonaro, pragmaticamente falando, de acordo com uma qualificada fonte governista, a ida para o segundo turno do atual governador Rodrigo Garcia seria melhor para a campanha bolsonarista porque as chances do petista Fernando Haddad perder as eleições se multiplicariam, o que é o objetivo primordial do governo. O raciocínio é complexo e “até doloroso”, conforme observou uma fonte. A avaliação é de que Garcia é mais competitivo e tem mais chances de derrotar Haddad. Garcia ainda tem a máquina do Estado para ajudá-lo e, embora fosse vice de Doria, seria representante do centro-direita. A conta é a seguinte: muitos votos de Garcia hoje já são de Lula. Se Garcia não for para o segundo turno, os seus votos se dividirão entre Haddad e Tarcísio. No entanto, se Tarcísio não for para o segundo turno, praticamente todos os seus votos irão para Garcia, já que bolsonarista não vota em petista. Como consequência, os eleitores de Garcia que, por acaso no primeiro turno votaram em Lula, poderão migrar, em uma porcentagem considerável para Bolsonaro, porque a disputa será contra o inimigo comum do momento: o PT. A conclusão é que será melhor para Bolsonaro ter o centro-direita, com Garcia, mais forte no segundo turno, do que uma direita, que pode ser capenga, com Tarcísio, apesar de o eleitor paulista não ser, tradicionalmente, um apoiador natural da esquerda. Como Tarcísio tem mais possibilidade de perder o governo de SP para Haddad, o pior dos mundos para Bolsonaro é o Palácio Bandeirantes ir parar nas mãos da esquerda. Portanto, há quem diga que, apesar do empenho e das agendas frenéticas em São Paulo, a indicação das últimas pesquisas de uma subida de Garcia animou uma ala mais pragmática da campanha de Bolsonaro.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

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