Não é de hoje que os presidenciáveis demonstram preocupação com a consolidação do orçamento secreto nas relações entre o Executivo e o Legislativo. Parlamentares que buscam a reeleição dizem que o mecanismo veio para ficar e não há como voltar. No bloco que vai apoiar o ex-presidente Lula, cresce a percepção de que será muito difícil governar na base do orçamento secreto, portanto é imperativo formar uma bancada na Câmara de ao menos 250 deputados. O sentimento é de que não dá para reeleger Arthur Lira presidente da Câmara no próximo biênio e de que qualquer vacilo na eleição para o comando do Congresso deixará o próximo presidente refém do Parlamento. Tudo dependerá, no entanto, de qual Congresso sairá das urnas em outubro. Terminado o processo eleitoral, já começa outra eleição: para presidentes da Câmara e do Senado.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília