Depois do rompimento ruidoso entre João Doria e o presidente do PSDB, Bruno Araújo, que saiu da coordenação da campanha do paulista falando “ufa” no Twitter, o temor do tucano é com os recursos da campanha. Conforme o BAF antecipou, o paulista poderia contar com R$ 65 milhões para as despesas. A ideia do PSDB seria repetir a regra de 2018. Extraída a cota para mulheres, o que restasse dos R$ 314 milhões do fundo eleitoral seria dividido em três partes iguais para: campanha presidencial, de deputados federais e a de governadores e senadores. O problema é que esse acordo não está sacramentado e, caso queira entornar o caldo contra Doria, Bruno Araújo tem espaço de sobra ao menos para atravancar o processo. Cortar dinheiro de Doria não será uma tarefa fácil. Bruno não pode tomar a decisão unilateralmente e terá de convencer a executiva do partido a diminuir a verba do paulista. O tesoureiro Cesar Gontijo, aliado de Doria, é contra. Presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso já se manifestou contra a tentativa de tirarem o ex-governador paulista do páreo, uma vez que ele venceu a prévia. O fato é que, rachado, o PSDB perde espaço na terceira via, que ele pensava em liderar. Com a espada sobre sua cabeça, Doria também se enfraquece para trazer aliados dos setores produtivos e de outras legendas.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo