Mesmo sem o presidente Jair Bolsonaro ter demonstrado disposição de encomendar à sua equipe de campanha um programa de governo para a reeleição, militares que integram ou integraram o governo trabalham no esboço de um documento para ser entregue a ele. As equipes do general Braga Neto, candidato a vice, e do almirante Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos, rascunham as propostas. O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que se afastou do Planalto para se candidatar a uma vaga de deputado federal, também deixou no papel ideias que poderiam ser usadas. Em 2018, coube a ala militar que estava apoiando Bolsonaro preparar uma proposta, chamada de “Caminho da Prosperidade”. Quando questionado sobre seu programa de governo, Bolsonaro responde que, se ganhar as eleições, em 2023 anunciará o que fará em seu novo mandato. Diz ainda que defenderá as mesmas ideias, como liberdade, que classifica como o bem mais precioso, a defesa da família e sem corrupção. As propostas elaboradas pelos militares não detalham os projetos a serem desenvolvidos nos próximos quatro anos.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília