A possibilidade de solidificar o palanque de Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país e afastar o PSDB em um eventual segundo turno não são os únicos motivos que incomodam a campanha de Lula-Alckmin em relação à estratégia de Fernando Haddad de escolher Rodrigo Garcia como adversário, evidenciada no debate da Band. Alguns conselheiros de Lula estão preocupados com o cenário pós-eleição. Segundo eles, o risco de o bolsonarismo se enraizar em São Paulo mesmo que Lula vença a eleição presidencial não compensa a suposta facilidade maior para Haddad, mostrada pelas pesquisas, em um embate contra Tarcísio de Freitas. Esta ala da campanha teme que o Estado se transforme num QG de resistência bolsonarista e ataques a um eventual governo Lula caso Tarcísio seja eleito.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo