Eduardo Leite quer disputar a Presidência, mas não quer deixar o PSDB. O gaúcho e seus aliados no partido tentam uma manobra arriscada. Ele deve renunciar ao cargo, mas sem dizer ainda se embarca no PSD, de Gilberto Kassab. A manobra é apertar o cerco contra João Doria, que não sai do piso nas pesquisas de intenção de voto. Nos últimos dias, Leite tem conversado com sua bancada no Estado e com os líderes tucanos nacionais que endossam sua candidatura, como o ex-senador José Aníbal. Mas é importante destacar que Doria não deve desistir sem lutar. A seu favor, o paulista tem a vitória das prévias, tão aclamadas pelo PSDB, que chegou a dizer que era o primeiro partido a escolher seu candidato nesse modelo, apesar de o PT já ter feito prévias nos anos 90. O PSDB, que já saiu abalado das prévias, pode sair em frangalhos se a disputa entre Leite e Doria degringolar. Mas há um caminho em que Doria poderia ter uma saída pactuada, com menos desgate: é o anúncio, em junho, da candidatura única entre PSDB, MDB e União Brasil. Ali pode surgir o nome de Leite.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo
