Faltando pouco mais de dez meses para a eleição, o PT enfrenta dificuldades para montar os palanques de Lula em alguns dos principais colégios eleitorais. Em MG (10% do eleitorado), conforme o BAF antecipou, Lula está sem palanque. O partido torce para que se viabilize um nome de outro partido, já que a gestão Fernando Pimentel “queimou o filme do PT por uma geração”. Pimentel ainda é o nome que aparece melhor nas pesquisas internas, com 15%. No Rio de Janeiro (8,4% dos eleitores), Lula e o grupo de Lindbergh Farias apoiam Marcelo Freixo (PSB). Mas o presidente estadual, Washington Quaquá, flerta com Felipe Santa Cruz (PSD). No Rio Grande do Sul (5,7%), o PT aprovou candidatura própria, mas o PSB quer apoio a Beto Albuquerque. Há perspectiva de intervenção no Estado. No Ceará (4,4%), o governador Camilo Santana (PT) deve apoiar nome do PDT de Ciro Gomes. Lula teria que dividir o palanque ou romper a exitosa aliança que já dura 16 anos. No Paraná (5,5%) há dúvidas sobre a disposição de Roberto Requião em se candidatar. Existem dificuldades ainda em colégios eleitorais menores como Goiás (3,1%) e Santa Catarina (3,5%), onde o PT simplesmente não sabe o que fazer e deve lançar candidatos “laranja”, sem chance de vitória, só para dar palanque a Lula.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
