A diferença de cerca de cinco pontos percentuais entre Lula e Bolsonaro para o segundo turno vai forçar dos dois contendores a irem mais para o centro. Lula já começou a fazer essa trajetória no primeiro turno, com a escolha de Geraldo Alckmin para vice, mas é preciso ser mais explícito. Da mesma forma, o núcleo mais prático da campanha de Bolsonaro vinha insistindo para ele abandonar o radicalismo. Embora tenha chegado em segundo, a receita de Bolsonaro funcionou até ontem. No entanto, para avançar e vencer, ele precisa do voto de quem não é radical. A disputa pelo centro vai precisar modular o discurso e as promessas dos dois candidatos.
Chico de Gois – Direto de Brasília