Lula foi cirúrgico ao se posicionar hoje de manhã sobre a guerra na Ucrânia. O ex-presidente condenou duramente a ação de Putin (contrariando setores radicais do PT), mas evitou tomar lado na “nova guerra fria” ao equiparar os ataques da Rússia às invasões do Iraque e do Afeganistão pelos EUA e da Líbia pela Inglaterra e França. De quebra, Lula encaixou o pleito histórico do Brasil por um assento de membro permanente no Conselho de Segurança da ONU, quando disse que a entidade foi omissa porque hoje carece de representatividade. As digitais de Celso Amorim no pronunciamento do ex-presidente são evidentes.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo