A partir de hoje o Palácio do Planalto terá de tomar precauções que, muitas vezes, foram deixadas de lado pelo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe nos últimos meses, misturando agendas de governo e de caráter eleitoral. Com o início oficial das campanhas, qualquer deslize pode servir de munição aos adversários para tentar impugnar sua candidatura. Essa confusão entre campanha e governo não é inédita. Desde que foi aprovada a reeleição, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, a mistura de papéis entre o candidato e o chefe do Executivo rende preocupação às assessorias jurídicas. A mesma situação já foi enfrentada por Lula e Dilma, que também aproveitavam a mesma viagem para participar dos dois tipos de eventos, diminuindo, assim, os gastos de seus partidos. Pelas regras eleitorais, cabe ao partido ressarcir as despesas do presidente-candidato aos cofres públicos.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília