Ontem Marcio França soltou um vídeo no qual, sorridente, comemora o resultado da pesquisa na qual aparece em segundo lugar, com 16%, atrás de Fernando Haddad, que tem 28%. Sorridente, ele ironiza as notícias de que vai desistir da candidatura. A postura de França irritou lideranças do PT ao PSB, passando pelo PSOL. Petistas chamaram o ex-governador de arrogante, lembrando que ele deixou “mágoas” no partido ao rejeitar publicamente o apoio do PT em 2018. Já há quem defenda mudar a estratégia e, em vez de oferecer a vaga ao Senado, trabalhar para manter o isolamento de França até a eleição numa tentativa de asfixiar sua pré-candidatura. No PSB a irritação é porque a insistência do ex-governador trava acordos em outros estados e prejudica aliados, como o ex-prefeito de Campinas Jonas Donizete, que almeja ser vice de Haddad, mas depende da decisão de França. Ontem, dirigentes do PSB chegaram a garantir a petistas que a saída de França da disputa estava certa, mas foram surpreendidos. Já o PSOL espera a decisão para se posicionar em São Paulo. Uma das exigências feitas por França é que o PSOL não lance candidato ao Senado.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo