O governo acusou o golpe com a mobilização de juristas, banqueiros e investidores que estão se juntando para fazer manifestações contra as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônica e o que consideram ameaças à democracia. Em todos os discursos na convenção do PP, na noite desta quarta-feira, reagiram à união de forças para os atos da oposição em 11 de agosto. O senador Flávio Bolsonaro, após a convenção, respondeu que não acredita que essa ampla frente que se formou contra o presidente possa gerar uma onda pró-Lula. O senador ironizou ainda, dizendo que “Bolsonaro é a favor do ato da Febraban. “Ele defende a democracia mais do que ninguém. Na minha opinião, este é um ato inútil e politiqueiro. Eu lamento que a Febraban tenha seguido essa opção”. Na convenção, o presidente da Câmara, Arthur Lira, um dos caciques do PP, reagiu às pressões para que se manifestasse sobre os gestos de Bolsonaro. Avisou que não precisa dar declarações públicas, que fala quando achar necessário e não quando for obrigado até porque, sempre foi a favor da democracia e do sistema eleitoral, que as instituições são fortes e não vai banalizar a Câmara com declarações nas mídias sociais. O presidente Bolsonaro, em seguida, desdenhou do documento assinado pela Febraban afirmando que não precisava de “nenhuma cartinha” pra defender a democracia, que sempre foi defendida por ele.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília