A adesão dos filhos do presidente Jair Bolsonaro pelo nome da deputada e ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina para assumir o posto de vice na sua chapa à reeleição animou a ala política do governo. Flávio e Eduardo Bolsonaro já aderiram à proposta e entendem que ela sim pode ajudar a agregar votos femininos ao presidente. Carlos, por sua vez, concorda em parte com o pai que o general Braga Neto é um seguro anti-impeachment no Congresso, mas como tem resistência aos militares, deu também sinais de que a ideia não é ruim. Bolsonaro mantém a resistência e a ala política conta com a pressão dos filhos para quebrá-la. O presidente continua jogando balões de ensaio e confetes em Teresa Cristina e Braga Neto. O problema é que Teresa Cristina não quer deixar uma eleição praticamente certa ao Senado para tentar ser vice na disputa à reeleição do presidente. O primeiro encontro de Teresa Cristina no Planalto foi com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP, partido ao qual ela se filiou, na terça-feira da semana passada. Apesar das conversas, ela continua sua campanha para o Senado em Mato Grosso do Sul. Bolsonaro vai empurrar a decisão para o último prazo possível. Enquanto isso, Braga Neto continua viajando pelo país ao lado do presidente para se fazer conhecido.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília