A afirmação do presidente Jair Bolsonaro no fim de semana e a de seu candidato a vice, Braga Netto, ontem, em São Paulo, de que serão eles, e não o ex-presidente Lula, que vão ganhar no primeiro turno é uma reação à estratégia petista de tentar liquidar a fatura no dia 2 de outubro. Os auxiliares de Bolsonaro insistem que não acreditam que a eleição poderá ser decidida no primeiro turno. Uma das fontes, acostumada com campanhas eleitorais, afirma que as pesquisas internas do governo e dos aliados nos Estados não batem com os levantamentos divulgados pela mídia – porém, eles não apresentam os números de que dispõem. Os interlocutores do presidente reconhecem que a virada que esperavam não foi captada até agora, apesar de todas as medidas adotadas com essa finalidade. Apesar de procurarem desacreditar os levantamentos divulgados publicamente, há uma preocupação entre os coordenadores da campanha com o abatimento que pode se alastrar entre os bolsaristas, caso seja verificada uma grande a diferença entre Lula e o presidente depois de abertas as urnas.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília