O Desenrola, proposta da campanha Lula-Alckmin para renegociação de dívidas de famílias e empresas, prevê a criação de um fundo de entre R$ 7 bilhões e R$ 18 bilhões, a depender da faixa de renda a ser beneficiada, para as dívidas não bancárias (no comércio ou contas da casa). Os credores que decidirem aderir ao programa terão que oferecer descontos. Quanto maior o desconto, maior a prioridade. Já para as dívidas bancárias a ideia é usar os depósitos compulsórios. Nos próximos dias a equipe de programa de governo de Lula vai se reunir com representantes da campanha de Ciro Gomes para incorporar propostas do pedetista, como o uso do Pronampe na renegociação de dívidas de empresas e a retirada de nomes dos devedores do SPC. O BNDES não deve entrar no Desenrola, mas deve abrir linhas de crédito para pequenas e microempresas em outra frente da campanha, a do apoio ao empreendedorismo.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo