A executiva nacional do PT se reúne hoje para resolver os palanques em ao menos cinco Estados onde há divergências com aliados. A expectativa é que o principal deles, o Rio de Janeiro (onde se concentram 8,2% dos eleitores do país), fique sem solução. Segundo dirigentes do PT, a não ser que o presidente do PSB, Carlos Siqueira, consiga ainda hoje convencer o deputado Alessandro Molon a desistir da candidatura ao Senado, as divergências no terceiro maior colégio eleitoral do país vão se arrastar até o dia 5 de agosto, quando termina o prazo legal para inscrição das chapas. Lideranças do PT do Rio aliadas a dirigentes nacionais, como o secretário de Comunicação, Jilmar Tatto, encaminharam à executiva um pedido para que o partido rompa a aliança com Marcelo Freixo (PSB). O argumento é que o PSB não cumpriu o acordo que prevê uma chapa formada por Freixo ao governo e André Ceciliano (PT) ao Senado. Este grupo avalia que o palanque de Rodrigo Neves (PDT) tem mais chances de ampliar o eleitorado de Lula no Estado. Neste caso, argumentam eles, o petista ficaria com dois palanques no Rio. A avaliação, no entanto, esbarra no acordo nacional entre PT e PSB que viabilizou a chapa Lula-Alckmin e na vontade do próprio Lula, que defende o apoio a Freixo.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo