Apesar de trazer a ressalva de as ideias não terem sido aprovadas em todas as instâncias partidárias e, portanto, não estarem prontas para divulgação, um documento da campanha do ex-presidente Lula começou a circular entre aliados e dois pontos chamam a atenção do mercado financeiro. O item 45 informa que reduzir a volatilidade da moeda brasileira por meio da política cambial é uma forma de amenizar os impactos inflacionários de mudanças no cenário externo. “A orientação passiva para a política cambial dos últimos anos acentuou a volatilidade da moeda brasileira em relação ao dólar com consequências perversas para o índice de preços”. Está aberta a especulação sobre o que seria uma política cambial ativa em um eventual governo Lula a partir de 2023. No item 46, o documento das diretrizes da campanha defende a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e de incentivos às cooperativas de crédito e aos bancos privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores. “Avançaremos na regulação e incentivaremos medidas para ampliar a oferta e reduzir o custo do crédito, ampliando a concorrência no sistema bancário”, informam as diretrizes.
Arnaldo Galvão e Ricardo Galhardo – Direto de Brasília e São Paulo