Apesar de notícias de que a eleição poderá ser definida no primeiro turno para Lula, interlocutores do presidente Jair Bolsonaro apontam um salto alto dos petistas e procuram manter o ânimo, embora, entre alguns assessores, haja um certo desalento. Os principais assessores de Bolsonaro não acreditam que a eleição se encerrará dia 2. O questionamento entre eles é qual será a diferença entre os dois oponentes. Se for pequena, avaliam, os bolsonaristas terão um gás extra; se for na casa dos 10%, haverá necessidade de um empenho maior da campanha. Sobre os “aliados sem convicção” que atuam em duas frentes e são chamados de traíras, os interlocutores mais próximos do presidente dizem que isso é inevitável, mas que eles não abalam a campanha porque, em sua maioria, todos já sabem quem são. No momento, a estratégia é continuar viajando, mostrando as “multidões” que apoiam Bolsonaro e permanecer no ataque a Lula, chamando-o de ladrão. A hora é de apostar nestas mobilizações e no debate na TV Globo, observam os auxiliares do presidente.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília