Apesar de as pesquisas apontarem que a maioria dos votos já está consolidada e que as eleições deste ano terão o menor número de brancos e nulos, a campanha bolsonarista não acredita nesta tese. Assessores do presidente estimam que esse universo chegará em torno de 13% a 14%, pelo menos. Essa é uma grande preocupação da campanha. Os estrategistas bolsonaristas dizem que o não voto – incluindo a abstenção — favorece a esquerda. O próprio presidente tem pedido em suas lives e falas que as pessoas façam comparações entre os candidatos, mas que decidam por algum, sem se omitir. Os aliados de Bolsonaro têm repetido que em países como Chile e Colômbia a abstenção nas eleições deram vitória à esquerda. Há muita polêmica em relação a isso, pois o voto em nenhum dos dois países é obrigatório. Apesar da eleição no Brasil ser obrigatória, a ausência nas votações é considerada uma grande inimiga de Bolsonaro e seus estrategistas consideram que a esquerda é muito mais militante que a direita.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília