O presidente Jair Bolsonaro quer fazer, a princípio no dia 17 de março, uma reunião com seus ministros para discutir e alinhar os procedimentos para o período pós desincompatibilização. A data escolhida, 15 dias antes do prazo-limite para os ministros- candidatos deixarem seus cargos, serve para que todos anunciem que caminho pretendem tomar e para o presidente alinhar a data da saída deles, que pretende que seja de uma só vez, dia 31 de março, e poder definir os substitutos e a posse deles. Neste encontro do dia 17, o presidente não pretende, ainda, anunciar seu candidato a vice-presidente e nem o nome dos substitutos nas respectivas pastas. Algumas costuras estão bem avançadas e o presidente confessou que já tem todo o desenho do governo montado em sua cabeça. Bolsonaro sinalizou que pretende colocar seu chefe de Gabinete, Célio Faria, na Secretaria de Governo, no lugar da ministra Flavia Arruda, que sai para disputar o Senado pelo DF, abandonando a ideia de colocar um parlamentar no cargo. Bolsonaro quer prestigiar o amigo, que pensou antes em transferir para a Secretaria Geral. No entanto, mudou de ideia diante do fato de que não haverá pautas no Congresso. Célio também já foi assessor parlamentar quando estava na Marinha e, se houver alguma necessidade, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, jogaria junto. Com Celio na Segov, o presidente também evitaria grandes mexidas envolvendo os ministros militares. A definição do vice, até agora, fica para os últimos dias do mês de março. Com a desistência de Marcelo Queiroga e Fábio Faria de disputarem as eleições, dez ministros deixarão seus cargos, aí incluído o nome de Braga Netto, preferido de Bolsonaro para a vice-presidência.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília