Os elogios do ex-presidente Lula a Roberto Campos Neto, em jantar com empresários realizado ontem em São Paulo, confirmam que reverter a autonomia operacional do Banco Central nunca esteve no radar. Seria gigantesco o capital político que teria de ser consumido para mudar a situação atual da Lei Complementar 179/2021 no Congresso. O presidente do BC declarou em um evento aberto, recentemente, que foi contra a ideia da recondução dos dirigentes da instituição, prevista na LC 179. Resta saber quem poderá substituir Campos Neto quando acabar seu mandato em 31 de dezembro de 2024. O que interessa neste momento é saber quem será o ministro que vai conduzir a política fiscal e qual será a âncora se Lula for eleito, já que as críticas ao teto de gastos são conhecidas. Não há sinais nítidos, neste momento.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília