O candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou mais de duas horas fazendo fotos e distribuindo sorrisos e apertos de mão aos pré-candidatos a deputado pelo PSD na sede do partido. O assédio de dezenas de filiados fez parte do ritual que selou a aliança entre Tarcísio e o partido de Gilberto Kassab na manhã de hoje, colocando como candidato a vice-governador o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Hamuth. Na entrevista coletiva, Kassab ficou numa saia-justa ao ser questionado se subiria ao palanque ao lado de Jair Bolsonaro (PL), de quem tem sido crítico. Oficialmente, Kassab desconversa, mas sabe-se que ele está determinado a evitar essa foto. “Na verdade, posar ao lado do Bolsonaro é ruim para o Kassab, mas também para o Bolsonaro”, avalia ao BAF um alto dirigente do PSD no Estado. O importante, sabem os candidatos e os líderes políticos, foi a costura para juntar os dois partidos e tornar Tarcísio mais competitivo no Estado. Costura, aliás, que teve forte influência dos evangélicos paulistas. Um dos articuladores da coligação foi o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), da Assembleia de Deus. No evento, uma das primeiras pessoas a comemorar a aliança foi a deputada estadual do PSD, Marta Costa. Ela é líder evangélica, filha do pastor Wellington, também da Assembleia de Deus.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo