A apuração em Mato Grosso do Sul mostra vitória da ex-ministra Tereza Cristina (PP), com 61,01% dos votos. A chegada dela ao Senado é um reforço de peso para a bancada do agronegócio. Reconhecida por sua habilidade política, Tereza Cristina ocupou o Ministério da Agricultura desde o início do governo e foi ponto de equilíbrio nas principais desavenças internacionais de Bolsonaro. Num outro Estado do Centro-Oeste, Mato Grosso, o agronegócio deixa claro ser avesso a radicalismos. O produtor rural Antônio Galvan, investigado pelo STF por incitar atos violentos e ameaças contra a democracia, não está conseguindo vencer a batalha das urnas, perdendo para Wellington Fagundes (PL). A vitória de Wellington era esperada e a escolha de seu nome é vista como positiva nas tratativas sobre logística de transporte, um dos principais gargalos para a redução de custos do agro. Sem o nome de Neri Geller (PP) nas urnas, a reeleição de Fagundes foi tranquila. O indeferimento da candidatura de Geller pelo TSE, aliás, tirou de campo um dos principais interlocutores da campanha de Lula junto ao agronegócio.
Equipe BAF – Direto de Brasília