Para desespero de aliados que gostariam de estar ao lado do presidente Jair Bolsonaro em suas passagens pelos seus Estados, a agenda do candidato à reeleição continua sendo quase que “segredo de Estado”, uma “caixinha de surpresas”. Desespero também para vários segmentos da própria campanha, que foram surpreendidos com a ida do presidente no sábado a um culto em Belo Horizonte e o retorno dele no domingo a São Paulo para assistir ao jogo do Palmeiras. A ida à Frebaban para o almoço hoje, por exemplo, mais do que marcada e confirmada, só entrou na agenda oficial na manhã desta segunda-feira. A desorganização da agenda e a ocultação de vários dos eventos viraram motivo de desentendimento entre a campanha e o Planalto, que “esconde” eventos previstos. Essa desorganização atrapalha, inclusive, encontros que o pessoal de campanha quer propor para sair do tema quase que monotemático de motociata seguida de culto evangélico. A campanha se queixa que um candidato à reeleição precisa estar exposto e precisa de comunicação entre os vários grupos para que possam trabalhar em conjunto. Uma das alegações do Planalto é a questão da segurança do presidente. Mas o pessoal de campanha refuta, alegando que Bolsonaro se expõe em todos os eventos que vai.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
