in , , , ,

À espera do esfriamento do caso Jefferson

A última semana de campanha começa muito mais tensa do que se poderia prever, após os inesperados acontecimentos de ontem, que terminou com a prisão de Roberto Jefferson. Jair Bolsonaro, preocupado com a escalada da crise e seus reflexos eleitorais, foi às redes sociais condenar o petebista, seu aliado notório. O gesto foi uma tentativa de contenção de danos, mas a versão de aliados é de que foi preciso mostrar à população que ele não aceita atitudes descabidas de atirar em policiais, mesmo que o motivo tenha sido rechaçar as ações de Alexandre de Moraes e do TSE contra a sua campanha. Não se tem ideia ainda de quais serão as consequências junto ao eleitorado, embora se reconheça que esse tipo de coisa sempre afeta a campanha. Uma fonte lembrou que a narrativa inicial da oposição é sempre de desgastar a imagem do presidente, obtendo sucesso neste primeiro momento. Mas em um segundo momento, prossegue a fonte, a situação tende a ser revertida. A fonte lembrou que foi assim no caso do assassinato em Foz do Iguaçu, no tumulto dos militantes em Aparecida e na tentativa de rotulá-lo de pedófilo. Se o padrão se repetir, diz a fonte, esse episódio pode trazer desgaste inicial ao presidente, mas depois as pessoas podem concluir que ele não tem responsabilidade sobre o acontecimento. O curto tempo para a eleição, no entanto, pode pesar negativamente.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

Foto: Reprodução

Técnicos criticam propostas de consultores para novo teto

BID: Guedes pode lançar Ilan depois do segundo turno