Foi ideia e iniciativa do próprio presidente Jair Bolsonaro usar seu discurso na convenção do PL para conclamar a população a participar de uma grande manifestação no dia 7 de setembro. Com isso, na avaliação de um interlocutor do presidente, Bolsonaro antecipou em 25 dias o dia da eleição. Essa estratégia foi considerada arriscada e deixa o presidente e seus apoiadores na obrigação de colocar nas ruas muito mais gente do que colocou no ano passado. Segundo essa fonte, se a manifestação deste 7 de setembro for igual a do ano passado, será ruim para o presidente porque não terá conseguido agregar mais apoiadores passado um ano. Se for maior, ok. Mas o risco é grande e o tiro pode sair pela culatra. Apesar de haver quem considere que o presidente acabou marcando um “plebiscito” para seu governo na antevéspera das eleições, há muitas preocupações sobre qual será o resultado deste teste. Bolsonaro e grande parte do seu entorno apostam no sucesso da estratégia. Mas uma das fontes consultadas observou que neste dia será possível medir a força ou fraqueza de Bolsonaro. Além disso, vai ser possível fazer comparação com as mobilizações realizadas pela oposição antes de 7 de setembro, como a prevista para o dia 11 de agosto. A avaliação de outro interlocutor é que agora não há o que fazer além de esperar e ver a capacidade de mobilização do presidente.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília