O acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a viabilidade da continuação das obras de Angra 3 empareda o governo. O ministro Jorge de Oliveira deixou claro que a análise do cálculo tarifário apontou indícios de que a conclusão da usina não respeitará o princípio da modicidade tarifária. De acordo com técnicos do TCU, se Angra 3 for concluída e começar a funcionar custará, em média, cerca de R$ 43 bilhões a mais do que outras opções de energia, em valor presente líquido. O plenário do TCU determinou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve justificar sua decisão de continuidade ou não das obras, incluindo estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre a modicidade tarifária. Além disso, deve considerar os custos de eventual abandono. Num momento em que o governo está interessado em reduzir a conta de energia para o consumidor, a continuidade ou não de Angra é uma dor de cabeça certa, seja qual for a decisão.
Chico de Gois – Direto de Brasília
Foto: Reprodução Eletronuclear