A Petrobras defende que o PL do Combustível do Futuro seja alterado no Senado, onde está em fase de debates após aprovação na Câmara. Para a estatal, falta detalhamento sobre a metodologia de cálculo da meta de mandato para o biometano adicionado na malha de transporte de gás natural fóssil – o regime não é volumétrico, mas, sim, calcado no resultado que isso trará para a descarbonização, segundo a Petrobras, e como esse resultado será mensurado não está claro. Outra preocupação é determinar que a adição de percentual de biometano ao gás só valerá para novos contratos. Na visão da Petrobras, também é preciso retirar os autoprodutores e autoconsumidores da obrigação de compra de biometano – a empresa já usa gás natural fóssil em suas próprias usinas termelétricas. Na análise da Petrobras apresentada aos senadores, isso poderia elevar o preço da geração termelétrica, levando ao aumento da conta de luz. Por fim, a empresa avalia que há risco de dupla contagem dos certificados verdes de gás a serem emitidos pelos produtores e pediu mais detalhamento das regras.
Flávia Pierry – Direto de São Paulo
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