O novo presidente da Comissão de Minas e Energia (CME), Júnior Ferrari (PSD-PA), está chegando cauteloso no cargo. Diz estar sempre em busca da segurança jurídica, sem que nada seja feito “de forma aleatória”, que é preciso “cautela”.
Porém, Ferrari indica quais pontos serão chave em sua presidência: a modernização das leis da mineração, a redução das tarifas de eletricidade, a busca de benefícios e segurança para o consumidor de eletricidade e a aprovação de projetos com foco em populações ribeirinhas, áreas isoladas, e população carente.
Sobre a renovação das concessões de eletricidade, Ferrari disse que quer debater com colegas, com o Executivo, mas que “temos de analisar as peculiaridades de cada Estado”, indicando que deve tentar abrir a negociação sobre cada concessão, como desejam outros parlamentares.
Sobre tarifas de eletricidade, Ferrari diz que é preciso “estancar” os aumentos e “encolher” o preço, pois a eletricidade é cara, e que discorda de ter energia cara no Pará, sendo que o Estado produz eletricidade (o que pode sinalizar acolhimento de PLs como fim da TUSD/ TUST locacional).
Afirmou ser favorável ao mercado livre de energia, mas com segurança jurídica e baixando os preços para o residencial, sem pressa, sem atos aleatórios, e com debate com Legislativo.
Pauta verde – O deputado afirmou em seu discurso de posse que deve trazer para a comissão a pauta verde, a transição energética e as eólicas. O deputado começou a sua fala lembrando a importância do setor de mineração. Ele também aponta a necessidade de se ter “energia firme e de qualidade para indústria”.
Eletrobras – O novo presidente da comissão afirmou que é preciso cautela para discutir uma eventual tentativa de reestatização da Eletrobras. “Tem de ver a questão jurídica, rever algo que foi feito. Tem de ter coerência, senão as pessoas não vão mais confiar no que é feito no Brasil”. afirmou.
Flávia Pierry – Direto de Brasília
Foto: Vinicius Loures, Câmara dos Deputados