Em uma entrevista coletiva no qual falou por quase duas horas sobre o caso Enel São Paulo, Alexandre Silveira (MME) chamou para si a responsabilidade de não decretar Horário de Verão. Disse que graças a “medidas de planejamento adotado pelo MME e suas vinculadas” não será preciso decretar o horário de verão este ano, mas que a medida será repensada no ano que vem.
O ministro não fez vista grossa aos avisos do ONS sobre o risco de atendimento na ponta, mas preferiu esticar a corda e contar com outras ações operativas que o ONS pode fazer (como a operação ao longo do ano de reservatórios de Furnas, Itumbiara, São Simão e Belo Monte, que aumentaram o nível de reservatórios de cabeceira em 11%, segundo o próprio).
Ele afirmou que o Horário de Verão não é “imprescindível” e que o benefício seria pouco considerando iniciar a medida somente em novembro.
Silveira ressaltou várias vezes que a decisão é dele, e não de governo, e que ele garantirá a segurança energética estrutural.
Depois, abriu sua caixa de críticas contra a Aneel, tecendo comentários em tom desafiador, jocoso e irônicos sobre a agência e sobre o poder público de São Paulo. Em tom narcisista, chegou a dizer o que faria se fosse prefeito e governador do Estado e da cidade de São Paulo, e falou sobre cargos no governo e o direito de poder demitir ou não, em recado a Aneel.
Ao final, estava falando de política, importação, assistência social e tantos outros assuntos.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Reprodução/MME