Apenas um dia após o lançamento de medidas para o gás natural, o MME recuou. O secretário de Petróleo e Gás, Pietro Adamo Mendes, concedeu entrevista à EPBR na qual diz que não será permitida “perda de valor” para os produtores de petróleo e gás.
A fala do secretário (e nome forte para dirigir a ANP a partir de 2025, conforme noticiou o BAF) foi vista pelo setor como uma forma de minimizar a extensão das pretensões do MME com o decreto do gás. “Talvez tenha mais barulho do que problemas”, afirmou fonte do setor de petróleo ao BAF.
De toda forma, a soma dos eventos terá servido ao governo: a cerimônia após o CNPE serviu para Lula e Silveira fazerem política focada diretamente na população, anunciando expansão do Vale Gás.
Silveira reforçou sua narrativa intervencionista ao assinar decreto que prevê até mesmo extinção de concessão de exploração a petroleiras que não reduzirem a reinjeção. Enquanto isso, Mendes assopra, despreocupando as petroleiras sobre a profundidade das medidas.
Agora será preciso ver se os defensores do decreto – os grandes consumidores de energia – vão aceitar se houver imobilismo por parte do MME.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
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