Ajuda aos Estados
Alguns parlamentares viram como uma tentativa de pressão ao STF a “marcha” promovida pelo presidente Jair Bolsonaro com empresários nesta manhã. “A forma me parece uma afronta, mas o Supremo parece-me muito firme e maduro”, concluiu um deputado do Centrão ligado ao meio jurídico se referindo à resposta que o ministro Dias Toffoli deu ao presidente. As reuniões na Corte costumam ser privadas, sem transmissão. Uma exceção foi a reunião de dezembro de 2015 entre o ministro Ricardo Lewandowski e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, quando o ministro autorizou que a imprensa acompanhasse para dar mais “transparência ao encontro”. Políticos usaram as redes sociais para criticar o comportamento do presidente e questionar a iniciativa no momento em que os casos de Covid-19 crescem. “Guedes e Bolsonaro organizaram uma marcha da estupidez e da morte em direção ao STF, com um séquito de empresários, para coagir a Corte, colocar a crise no colo dos ministros e terceirizar suas responsabilidades”, escreveu Roberto Freire, presidente do Cidadania. Na nova condição de base governista, parlamentares do Centrão aprovaram o gesto de Bolsonaro. “Foi uma boa medida, tem de manter a boa relação entre os Poderes. O momento é de crise, tem de trocar ideias sobre o que pode e o que não pode”, respondeu um novo aliado do governo na Câmara.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
7 de maio de 2020 – 17:05
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