A falta de um palanque viável para Lula em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, é uma das grandes preocupações do PT. O partido flertava com Alexandre Kallil (PSD), mas avalia que a candidatura pode fazer água depois que CPI da Covid na Câmara Municipal divulgou um áudio no qual o prefeito de BH diz que a defesa do presidente da BHTrans é paga por empresários de transporte. Vereadores de oposição querem pedir o impeachment de Kallil. Algumas semanas atrás, antes da divulgação do áudio, Lula já havia alertado que enquanto o governador Zema (Novo) tem viajado pelo Estado pavimentando o caminho para a reeleição, Kallil ainda relutava em assumir a candidatura e perdia espaço. O PT não deve lançar candidato em MG pois avalia que a gestão desastrosa de Fernando Pimentel “queimou o filme” do partido. Agora, torce para que apareça um candidato não alinhado a Bolsonaro. Um nome frequentemente citado é o de Rodrigo Pacheco. Diante do quadro, Lula adiou para o ano que vem a viagem que faria a BH.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
