A reunião de ontem entre o GT de Minas e Energia e executivos da Petrobras foi uma conversa para que o novo governo fizesse pedidos à estatal. O maior deles foi que a empresa suspendesse todos os processos de desinvestimento, mas há dúvidas dentro da petroleira se isso será aceito até que haja mudança do Conselho de Administração com o novo governo. Integrantes da Petrobras disseram ao BAF que é pouco provável que haja mudanças bruscas no plano estratégico que será divulgado amanhã. O que não significa uma corrida para fechar eventuais vendas represadas. Agentes do setor avaliam que o problema com a venda das refinarias, por exemplo, foi a instabilidade política acerca dos preços com Jair Bolsonaro. A imprevisibilidade não mudou com a eleição de Lula e, por isso, não deve afetar as dificuldades no desinvestimento da Petrobras. Lula foi eleito com a promessa de estabelecer uma política de preços diferenciada do PPI, mas ainda não há detalhes. Maurício Tolmasquim deixou claro que o plano estratégico da Petrobras deve ser revisto para incluir investimentos em novas fontes renováveis, mas sem citar a questão de preços. Com o intuito de se afastar da sombra de Dilma Rousseff na área, Jean Paul Prates tem dito que o novo governo não praticará tabelamento ou congelamento de valores.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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