O ministro da Defesa, general Braga Netto, tem se movimentado com desenvoltura entre vários segmentos. Candidato ao cargo de vice-presidente na chapa de Bolsonaro, o general já foi consultado pelo presidente sobre o assunto e se colocou à disposição do comandante em chefe para cumprir a missão que lhe for designada. Com bom trânsito junto ao presidente e considerado, hoje em dia, o general mais próximo de Bolsonaro, Braga Netto, a exemplo de qualquer outro militar, tem a preferência do capitão por ser considerado leal e, consequentemente, antídoto a “golpes” ou “processos de impeachments” que possam tentar lhe impor. A avaliação do presidente é que ninguém ia querer derrubá-lo para colocar um general no poder. Contra Braga Netto existe a falta de filiação partidária, que poderia ser dada por algum partido do Centrão, a falta de conhecimento do público e consequente apoio popular, além de não agregar nada politicamente. Ele sequer tem Twitter, Facebook ou Instagram. O militar tem participado das visitas do presidente nos fins de semana pelas cidades satélites de Brasília, assim como é presença constante nas viagens. A ida de Braga Netto é apoiada pelo também general-ministro Ramos, porque abriria vaga na Defesa, cargo que ele almeja para um segundo mandato de Bolsonaro.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília