Líderes do Centrão disseram ao BAF que um mês é um prazo mais factível para a Câmara votar a nova regra fiscal. Arthur Lira quer apreciar o texto até 10/05, mas os líderes alegam que precisam entender melhor como o governo vai garantir a arrecadação necessária e zerar o déficit em 1 ano. “Arrecadação não é simples, vai ter de cortar isenção de muitos grupos”, previu André Fufuca, líder do PP na Câmara. Há críticas também às excepcionalidades e os líderes falam em incluir punições ao governo por descumprimento da lei. Outro ponto é a possibilidade de judicialização de itens que eventualmente possam ser interpretados como possíveis de alteração apenas por PEC. Hugo Motta, líder do Republicanos, considerou o “esboço bom”, mas observou que no geral “afrouxou bem”. Nos corredores do Congresso, Fernando Haddad é elogiado. “É extremamente preparado, o problema é a questão ideológica do partido”, criticou um líder do Centrão. Lira deve anunciar hoje o relator do arcabouço fiscal. Cláudio Cajado segue favorito para a missão.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Foto: Bruno Spada, Câmara dos Deputados