O texto apresentado pelo senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que prevê um valor de R$ 175 bilhões fora do texto de gastos em 2023 e 2024, será objeto de negociação. O futuro governo resolveu jogar na máxima para tentar chegar a um valor que considere aceitável. Para tentar reduzir os ruídos, Silveira acrescentou uma norma que prevê que um novo arcabouço fiscal terá que ser enviado ao Congresso até 31/12/2023 – ou seja, pode ser aprovado somente em 2024. O prazo de dois anos já era dado como certo e é capaz de os opositores ainda tentarem reduzir para um ano, mas com probabilidade reduzida de aprovação. Para angariar apoios, o relator deixou fora do teto também R$ 23 bilhões para investimentos. A oposição na CCJ tentou adiar a discussão e protelar a votação, mas foi tratorada pelo presidente Davi Alcolumbre. O futuro governo do PT terá que ter sensibilidade política para conseguir aprovar um texto que lhe sirva, sabendo, porém, que terá que abrir mão de algumas propostas.
Chico de Gois – Direto de Brasília
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