No Palácio do Planalto, a equipe do presidente Jair Bolsonaro tem feito inúmeras críticas ao que chamam de “disputa política” dos integrantes da transição do presidente eleito em relação à PEC da transição. O ministro Ciro Nogueira já deixou clara sua insatisfação sobre a possibilidade de ampliar os gastos via PEC e estender o extra-teto por quatro anos. De acordo com interlocutores próximos do presidente, a tentativa de esticar a corda em relação aos valores e prazo de vigência poderá levar à derrota da PEC. A avaliação entre esses interlocutores é de que, mesmo que a proposta seja aprovada no Senado, como o futuro governo crê, será derrotado na Câmara, que tem maioria bolsonarista. E, para que Lula não perca o timming de aprovar o texto ainda este ano, o Senado será obrigado a engolir as mudanças promovidas pelos deputados. Os interlocutores do presidente classificam como “má fé” a tentativa de deixar todo pagamento do Auxílio Brasil de fora da PEC.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
Foto: Marcos Oliveira, Agência Senado