Aliados e auxiliares de Lula admitem que tanto o valor quanto o prazo de vigência da PEC da Transição, protocolada hoje por Marcelo Castro no Senado, devem mudar durante a tramitação no Congresso. Segundo lideranças do PT, o valor está “mais bem encaminhado”, mas o prazo deve cair para dois anos. O ex-ministro Nelson Barbosa, que integra o grupo de trabalho de economia, disse que as ideias do GT foram levadas aos líderes do Congresso e que a redução do prazo no texto de permanente para quatro anos já é uma conquista da ala técnica. De acordo com Barbosa, os termos da PEC apresentada hoje seguem uma estratégia política dos líderes do governo eleito no Congresso. A preocupação maior, no momento, é não perder os prazos. Segundo um integrante da transição, o fato principal em relação ao texto protocolado hoje é que o governo eleito vai mesmo optar pelo caminho da PEC em vez de usar alternativas via TCU e STF.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: Ueslei Marcelino, Reuters