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O xadrez de Tarcísio

Tarcísio de Freitas deverá se mostrar um enxadrista mais do que um gestor de infraestrutura para acomodar os caciques paulistas e os remanescentes do bolsonarismo no governo paulista. Por enquanto, nos nomes anunciados na transição, Gilberto Kassab é quem mostra mais prestígio. Além de emplacar o nome da Saúde, Eleuses de Paiva, seu compadre e amigo, o secretário da Educação, Renato Feder, vem do berço do governo de Ratinho Jr (PSD). Feder conseguiu agradar os bolsonaristas pelas quase duas centenas de escolas militares no Estado, mas, quando tentou ser ministro de Bolsonaro, em 2020, foi vítima de um dossiê de dezenas de páginas feito pelos assessores do presidente. Perdeu a vaga. Na infraestrutura, Kassab também emplacou seu time na transição, mas o secretariado não está definido. Neste momento, o PL de Valdemar da Costa Neto perde força depois da multa de R$ 22 milhões imposta pelo TSE. Valdemar fez a representação em nome da coligação e não pediu aval do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que já deu entrevistas reclamando do parceiro. O partido de Tarcísio de Freitas é contra a impugnação das eleições e não quer ficar com as finanças bloqueadas. Mas não se pode esquecer que o PL de Valdemar e Bolsonaro será a maior bancada na Assembleia de São Paulo, com 19 cadeiras.

Tatiana Farah – Direto de São Paulo

Foto: Alex Silva, Estadão

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