As negociações encaminhadas pelo governo Bolsonaro no início de outubro para a entrada oficial do Brasil na OCDE sofrerão uma redução drástica no seu ritmo. A informação é de um dos integrantes da equipe de transição que disse ao BAF que é preciso “desdramatizar” esse tema porque, segundo ele, não existiria a vantagem que se propala nessa adesão. A fonte lembra que países como o México, Costa Rica e Colômbia, que já se integraram ao grupo, não obtiveram nenhuma vantagem, além de continuarem sofrendo dos mesmos problemas de sempre. De acordo com essa fonte, não haverá rompimento nas negociações ou na entrada no grupo dos países que reúnem as 38 nações mais ricas do mundo, “mas um adiamento”. Ressalvou ainda que o acesso não será nas mesmas bases que foram estabelecidas pelo governo Bolsonaro, embora não conheçam quais foram os parâmetros adotados. A fonte lembrou que esses ajustes serão necessários porque as políticas que envolvem assuntos caros à OCDE, como meio ambiente, saúde e gestão fiscal, sofrerão uma guinada no novo governo e precisarão ser ajustadas às novas orientações.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
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