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Na ausência de Lula, cresce indefinição sobre PEC

A ausência de Lula ou de um articulador político nomeado pelo presidente eleito em Brasília fez aumentar as dúvidas em relação à PEC da Transição. Hoje o PT passou a admitir que o texto pode não ser entregue hoje, conforme estava planejado. Na reunião do conselho político da transição, formado por 14 partidos, houve consenso sobre o valor da PEC em R$ 175 bilhões. Mas isso não quer dizer muita coisa pois estes partidos não têm votos suficientes para aprovar a medida no Congresso. Houve divergências sobre o prazo de duração da PEC. O PT continua defendendo a validade permanente, mas lideranças do Solidariedade e MDB consideram mais factível o prazo de dois anos. Lideranças do Senado dizem que chegou a David Alcolumbre a avaliação de que a oposição não aceita mais do que um ano. Caciques do MDB defendem dois anos, prazo suficiente para construção e aprovação da nova regra fiscal que vai substituir o teto de gastos. O PSOL e alguns petistas defenderam ainda a inclusão do fim do teto na PEC. Parlamentares com longa experiência no Congresso disseram ao BAF que a negociação deve ser conduzida pelo vice, Geraldo Alckmin, que tem poder de fato para fechar acordos, ou por um articulador político empoderado por Lula, no caso, Jaques Wagner.

Ricardo Galhardo – Direto de Brasília

Foto: Joseph Eid, AFP

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