A nomeação de três ex-ministros para o grupo de transição de Meio Ambiente é a demonstração de que a pauta do clima segue sendo importante para a futura gestão de Lula. Carlos Minc, Izebella Teixeira e Marina Silva são considerados “dream team” para o grupo por mostrar união de nomes que tinham divergências entre si. Interlocutores do GT garantem que os trabalhos serão para demonstrar ao mercado internacional a retomada de uma política ambiental mais severa, especialmente em relação ao desmatamento. Mas não significa uma postura radical com o setor produtivo. O próprio nome de Minc é visto como uma sinalização de que há espaço para o diálogo com o agronegócio e também para discussões sobre obras de infraestrutura. O ex-ministro aceitou o comando do MMA após a saída de Marina Silva, que discordava de uma certa flexibilização de ações ambientais em prol de grandes obras de infraestrutura. Minc defende, por exemplo, uma nova Lei de Licenciamento Ambiental que seja rigorosa e, ao mesmo tempo, diminua a burocracia. O entendimento do entorno do GT é de que a indicação de nomes que agradam o agronegócio no grupo da Agricultura sinaliza que há espaço para que as duas atividades coexistam no futuro governo.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Nelson Almeida, AFP
