Mesmo com muitas restrições ao governo petista, militares de alta patente que foram procurados por interlocutores do novo governo fizeram chegar à transição que ajudaria na estabilidade da caserna uma escolha rápida do novo ministro da Defesa, assim como dos futuros comandantes militares. A última movimentação dos comandantes – que gerou uma nota que só agradou a Bolsonaro e bolsonaristas – foi alvo inclusive de críticas internas por oficiais de alta patente, que chegaram a classificar o documento redigido pelos comandantes como “lamentável” e “desnecessário”. A avaliação de militares consultados pelo BAF é que não haverá problemas na interlocução do futuro governo com as Forças Armadas porque se trata de uma questão institucional. Até agora, o grupo temático intitulado Defesa, um dos 31 que serão criados pelo governo de transição, ainda não foi criado. A expectativa é de que ele possa ser conhecido na semana que vem. Ainda não se sabe quem fará parte dele ou quem irá coordená-lo. A única sinalização é de que a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), deverá fazer parte do grupo.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
Foto: Marcos Correa, PR