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Bolsonaro pressiona e ministro da Defesa solta outra nota

Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, que ficou insatisfeito com a “interpretação” dada ao relatório do Ministério da Defesa de que não foi encontrada fraude no sistema eleitoral e que portanto, não há o que questionar a eleição de Lula, o general Paulo Sérgio de Oliveira, que comanda o MD, distribuiu outra nota oficial hoje. Nela, reforça que a auditoria das Forças Armadas não apontou irregularidades, mas também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas. Para o governo, a nova nota foi considerada uma necessidade para justificar não só o discurso de Bolsonaro, como também não deixar desamparado o público bolsonarista que se mantém mobilizado. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, no entanto, seguindo aconselhamento recebido, tentou evitar polêmica e, ao ser questionado sobre a nova nota, avisou que o assunto foi encerrado “faz tempo”. O posicionamento do general Paulo Sérgio, que ocupa um cargo político e tem se mostrado um fiel escudeiro de Bolsonaro, está criando um certo constrangimento aos militares em geral, que querem ver a página virada. Pelo menos até agora, a ativa quer se afastar dessa discussão lembrando que as eleições se encerraram no dia 30 de outubro e, pelo resultado, Lula venceu. Portanto, neste momento é conveniente separar Forças Armadas do Ministério da Defesa porque são coisas distintas. Embora uma parte dos militares da ativa possa até ter restrições a Lula, eles reconhecem que, depois de anunciado o resultado, não cabe mais nenhum tipo de discussão. Com isso, a disposição que se vê entre os militares da ativa consultados pelo BAF, pelo menos até agora, é de que todos baterão continência para Lula, como prevê o ritual militar. Exército, Marinha e Aeronáutica estão cuidando do seu dia-a-dia e já aguardam sinais sobre quem serão os próximos comandantes das três Forças.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

Foto: Joédson Alves, EFE

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