Reunidos agora no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, presidentes dos partidos que integram o conselho político da transição defenderam uma articulação política para garantir a aprovação da PEC da Transição no Congresso como prioridade absoluta. Para facilitar a aprovação, o governo eleito trata o texto apresentado ontem como um anteprojeto sujeito a alterações e acréscimos. Um dos pontos vistos como passível de mudança é o prazo colocado no texto como permanente, mas que pode ser fixado em quatro anos. É o bode na sala. Alterações nos valores também não foram descartadas. A exclusão dos R$ 175 bilhões referentes ao novo Bolsa Família do teto de gastos por quatro anos é vista como vital pelo entorno de Lula. Primeiro porque eliminaria a necessidade de negociar as verbas ano a ano com Artur Lira. Segundo porque daria tranquilidade a Lula para articular o novo arcabouço fiscal.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Roque de Sá, Agência Senado